terça-feira, 20 de outubro de 2009

sobra 1

Eu gosto de ver os casais na rua. Porque aí eu sempre fico imaginando o que será que fez um se sentir atraído pelo outro e o que os mantém juntos.
Pra mim, esse processo de me interessar por alguém é bem racional: gosto disso, disso e disso e não gosto disso, disso e disso. Junto tudo, subtraio e vejo se deu positivo ou negativo. Tipo assim, matemático.
E aí eu fico pensando em cada um desses fatores e imaginando quais serão os das outras pessoas. Sabe, tentando adivinhar o que um vê no outro. E aí, quando eu encontro semelhanças entre os casais, o processo fica ainda mais louco.
Por exemplo, hoje eu vi um casal na faculdade comendo antes da aula. O cara tinha uma mania bizarra de, a cada mordida, dar várias outras mordidinhas em volta, pra deixar o salgado 'reto'. E a mina tirava pedacinhos pequenos do recheio que ficavam com as 'bordinhas' pra fora. Aí, o cara tava mastigando e a mina deu um beijo nele (na boca!) e ele retribuiu (com a boca cheia! disgusting). E quando eles levantaram, ambos deixaram o lixo em cima da mesa.
Não é mágico? Porque assim, é claro que eles não se sentiram atraídos um pelo outro graças a esse tipo de coisa. Talvez eles nem tenham reparado nas pequenas bizarrices que têm em comum. Mas é o tipo de bizarrice que mostra a sincronia entre eles.
Será que, de algum jeito, essas coisas influenciam na conta? Será que são esses detalhes que deixam a coisa mais subjetiva?
Porque se for, esse negócio não é uma equação de primeiro grau, mas uma fórmula toda complicada, com fatores elevados ao quadrado, ou logaritmos...
Droga, nunca fui boa em exatas.