Estava brincando com os primos que não via há tempos, na casa do meu bisavô, e um deles (uns dois anos mais velho) me chamou para ir com ele no fliperama e tomar sorvete. Só nós dois.
Era um sábado à tarde, no verão. Deveria ser fim de 1991 ou 1992.
Eu, com a tiara inseparável e chinelos, andava orgulhosa pelas ruas do centro. Ele nem percebia a minha timidez (se percebesse, provavelmente nem entenderia o motivo).
Eu nunca gostei de videogames, mas ri muito da sua cara de concentração, as expressões de raiva e susto e o jeito que se jogava pra frente ou pro lado enquanto ia batendo nos botões.
Não lembro o que a gente conversou na sorveteria. Sobre o que crianças conversam entre si? Só lembro que me sentia muito adulta de estar na sorveteria sozinha (e com um menino). E que depois a gente voltou e continuou brincando com os outros. Mas eu sentia uma cumplicidade de alguma coisa que seria sempre só entre a gente, sabe.
Era um sábado à tarde, no verão. Deveria ser fim de 1991 ou 1992.
Eu, com a tiara inseparável e chinelos, andava orgulhosa pelas ruas do centro. Ele nem percebia a minha timidez (se percebesse, provavelmente nem entenderia o motivo).
Eu nunca gostei de videogames, mas ri muito da sua cara de concentração, as expressões de raiva e susto e o jeito que se jogava pra frente ou pro lado enquanto ia batendo nos botões.
Não lembro o que a gente conversou na sorveteria. Sobre o que crianças conversam entre si? Só lembro que me sentia muito adulta de estar na sorveteria sozinha (e com um menino). E que depois a gente voltou e continuou brincando com os outros. Mas eu sentia uma cumplicidade de alguma coisa que seria sempre só entre a gente, sabe.
